Thayana Barbosa lança “Vou Cantar”, primeiro single do seu novo álbum

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Crédito Divulgação

A cantora, compositora e instrumentista Thayana Barbosa, apresenta o primeiro single, que abre caminho para o lançamento do seu segundo álbum autoral, “Toda Pele”. A faixa escolhida é “Vou Cantar” e conta com participação de Simone Sou. O lançamento acontece no dia 25 de setembro, no streaming.

Vou Cantar: o lugar da pele em si

A pele é o maior órgão do corpo humano. É o revestimento, o contorno físico de todo o ser. Percurso disponível e resiliente, uma pele aceita seu destino de estar no início e no fim da mesma sobreposição. A pele é como o tempo de chronos que nunca para, não tem descanso, não volta atrás. A direção da pele é adiante, como um recipiente que coleta involuntariamente o que lhe é oferecido, para guardar na memória de suas camadas, sensações catalogadas através do cheiro, do toque, da água, do vento, temperatura, textura, machucadura, cicatriz e repetição. Uma pele não tem vida própria, mas, curiosamente, contém e protege a própria vida em si. Guarda toda sorte de complexidades do corpo humano enquanto, paradoxalmente, faz as vezes de ponte, de travessia com o imprevisível mundo externo. Uma pele tem de tudo que há no mundo: cada corpo que anda por aí, anda revestido com suas histórias, atravessado por seus desejos, contendo e expandindo suas memórias. Uma pele divisa, contorna, obstaculiza, facilita, reage, grita, pulsa, transpira, canta. É valente e corajosa. Contém, retém e compartilha. Na pele está o medo, na pele moram dúvidas. Também o sal dos corpos, também o sol dos dias. Riscam-se na pele as marcas do tempo, as cicatrizes das experiências do laboratório corrente, na vida vulnerável. A pele contamina átomo, fractal, nebulosa, logos, silêncio, encosto, descanso, descaso, soluço, abandono.

 

“Vou Cantar” é uma pele para 2020, ano que está guardando na memória – ainda em construção – uma humanidade inédita, a partir do surgimento da pandemia e todos os seus imbricamentos.

A pele de agora, procura para sua ferida aberta, um remédio, um assopro, uma chance de cicatrizar. Foi no percurso deste longo caminho denso, que Thayana Barbosa tomou uma decisão: vou cantar.

A aposta na arte abre o respiro, o suspiro, um fio de luz, por onde é possível enxergar o futuro de passagem em movimento, e atravessar esse tempo presente de paragem dolorida. Foi pela vontade de transcender e ir ao encontro da vida que, no atual cenário desgovernado, destratado, desanimado, desidratado, só é possível de ser em si, cruzando as fronteiras das entranhas internas.

“Vou cantar” é a primeira pétala da flor da pele, a luz no fim do túnel, saída, emergência, fôlego, movimento e sonho. O coro vem com o vislumbre da força coletiva, para deixar sem dúvidas, uma cicatriz que nasce da potência de estar vivo hoje e apesar, nesta pele que atravessa o mundo, neste mundo que ainda há de ser.

THAYANA BARBOSA era adolescente quando assumiu a responsabilidade de integrar o naipe de percussão da Orquestra Clássica de Mato Grosso do Sul, onde experimentou pela primeira vez, o cotidiano do fazer artístico profissional. Quando trocou o calor do centro-oeste, pelo ar gelado do Sul, trocou também de repertório e, em Curitiba, como integrante do grupo Mundaréu, começou a percorrer o caminho de prática e pesquisa no universo da cultura popular. Foram 15 anos de convivência, aprendizado e compartilhamento da alegria vasta, colorida e democrática emergente das festas populares. Nesse processo, Thayana descobriu a caixa do divino, hoje seu principal instrumento, junto com a voz. Esteve no palco com nomes como Lia de Itamaracá, Mônica Salmaso, Renata Rosa e André Abujamra.

Em 2014, lançou seu primeiro álbum autoral, “Mar de Dentro”, em 2018, participou da produção coletiva do álbum “UMA”, trio homônimo, que integra junto com Nani Barbosa e Janaina Fellini. Em 2020, “Toda Pele” vem como um novo contorno, que começa a ser traçado por “Vou Cantar”, e segue trazendo suspiros na pele, memórias do corpo, vontades do coração.

 

Na faixa “Vou Cantar”, Thayana Barbosa está acompanhada por Du Gomide na viola, Glauco Solter no contrabaixo, Luis Otávio na guitarra, Fernando Lobo, Valderval e Simone Sou nas percussões. Produção musical de Fred Teixeira e direção vocal de Wagner Barbosa.

SERVIÇO

Lançamento do single “Vou Cantar”.

Data: 25 de setembro de 2020 em todas as plataformas digitais.

 

*Crédito: Divulgação

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