Cegos de Sensibilidade – Por Mahayla Haddad

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Cegos de sensibilidade - Mahayla Haddad
Crédito: Divulgação

Você, hoje, já parou para pensar em como é a vida do porteiro que você cumprimentou? Como é a realidade do médico com o qual você consultou? Como está o dia do motorista do ônibus que você pegou?

Já pensou em como está a saúde de quem limpa o local onde você trabalha? Ou de quem fez comida para você? Sabe se está tudo bem com a professora do teu filho? Não é muito provável que saiba, até porque são exemplos um pouco distantes de nós, né?
Mas e do colega que senta todos os dias do teu lado na sala de aula? Do teu avô e da tua avó, sabe como está realmente a saúde? E da tua mulher ou do teu marido que dorme todos os dias ao teu lado, você sabe exatamente o que a (o) aflige ou o que a (o) faz extremamente feliz?

Cegos de Sensibilidade -Por Mahayla

É por esses e outros motivos que Saramago afirma estarmos “cegos de sensibilidade”, parece que nos falta um instinto maternal com as pessoas próximas ou não de nós.
Tente calçar o sapato da vida dessas pessoas, verificar como os passos estão sendo dados, se é preciso de ajuda para continuar a caminhada, se por acaso os pés não estão calejados. Calce o sapato dele, mas não queira entendê-lo de acordo com o teu sapato ou o teu caminhar. Entenda-o pelo caminho dele. Provavelmente enquanto o teu sapato está confortável, outros pés estão doendo.

As pessoas que estão do seu lado todos os dias podem estar precisando de você. Ou de uma palavra carinhosa, ou de um sorriso, de um toque, um olhar brilhante que seja. Mas precisam.

 

Mahayla HaddadMahayla Ozorio Haddad tem 21 anos, é jornalista pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa e hoje pós-graduanda em Narrativas Audiovisuais e Novas Mídias pela UNIBRASIL. Mahayla com 16 anos lançou seu primeiro livro “Um Intercâmbio sem Medo – Vivendo uma experiência única”. Mahayla foi com a mãe para Portugal, terminou lá o ensino médio e ingressou na universidade, voltando a morar sozinha num país diferente. Dessa experiência resultou seu segundo livro: “Assinado”.

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